Abstract
Na Curva de Fragilidade Osmótica as hemácias são submetidas a concentrações crescentes de cloreto de sódio e o percentual de hemólise é avaliado pela quantidade de hemoglobina livre em solução. Ocorre aumento da resistência globular na anemia ferropriva e talassemia, e diminuição da resistência na esferocitose hereditária e esferocitose associada às anemias hemolíticas autoimunes. Este trabalho objetivou padronizar essa curva com relação à necessidade e tempo de incubação, caracterizar curvas de pacientes anêmicos e testar sua eficiência em estudo cego, auxiliando na caracterização de anemias. Foram obtidos 4 mL de sangue total de sujeitos divididos em três grupos de pesquisa: 1) 15 indivíduos saudáveis; 2) 15 indivíduos com hemograma apresentando microcitose, esferocitose, macrocitose, hemácia em alvo, hemácias falciformes, desvio à esquerda/granulações tóxicas; 3) 10 indivíduos com hemograma alterado (estudo cego). O sangue foi pipetado em tubos com solução de cloreto de sódio a 1% e água destilada. Após centrifugação, realizou-se a leitura dos sobrenadantes em 540 nm. As curvas do grupo 1 foram realizadas sem e com incubação de 24 e 48 horas a 37°C. Na padronização, não se observou diferença nas curvas com ausência e presença de incubação. Ficou evidente a curva no caso de macrocitose, microcitose e presença de hemoglobina S; não houve alterações na curva com desvio à esquerda, granulações tóxicas e eliptócitos. Constatou-se que não existe necessidade de incubação para execução do método e é útil quando associado ao hemograma para auxílio na caracterização de anemias megaloblásticas, anemia ferropriva, presença de HbS e talassemia.
Highlights
Caracterizar as curvas nos casos de algumas alterações hematológicas, como anemia megaloblástica, anemia esferocítica e hemácias microcíticas, e depois realizar um estudo cego com hemogramas alterados e demonstrar a eficiência da curva de fragilidade osmótica na caracterização de algumas patologias
The method is useful when associated with hemogram to help in the characterization of megaloblastic anemia, iron deficiency anemia, presence of hemoglobina S (HbS) and thalassemia
Como demonstrado na Figura 2, a curva se mostrou voltada para a esquerda, ou seja, as hemácias demonstraram fragilidade diminuída quando microcíticas e hipocrômicas, alterações encontradas tanto na anemia ferropriva como nas talassemias
Summary
Caracterizar as curvas nos casos de algumas alterações hematológicas, como anemia megaloblástica, anemia esferocítica e hemácias microcíticas, e depois realizar um estudo cego com hemogramas alterados e demonstrar a eficiência da curva de fragilidade osmótica na caracterização de algumas patologias. Padronização da Curva de Fragilidade Osmótica (primeira etapa): foram obtidos 4 mL de sangue total colhidos por punção venosa, em tubo com K2-EDTA, utilizando seringa e agulha descartáveis.
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