Abstract

Esse artigo busca analisar o padrão de consumo em diferentes arranjos domiciliares no Brasil, a partir de dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008-2009. Para isso, foram estimadas curvas de Engel considerando o tipo de arranjo domiciliar, dentre outras variáveis demográficas. Os resultados indicaram a existência de diferenças no padrão de consumo das famílias associadas ao sexo do responsável pelo domicílio, sobretudo nos arranjos “monoparental” e “unipessoal”. Essas diferenças são mais evidentes sobre as despesas com habitação, saúde e educação/recreação, em que os gastos mensais per capita são muito menores para os tipos “monoparental masculino” e “unipessoal masculino” em relação ao “monoparental feminino” e “unipessoal feminino”. Além disso, verificou-se que a composição da família (presença de filhos, idosos) e o seu tamanho afetam as decisões de consumo das famílias, em que a existência de crianças aumenta os gastos per capita com habitação e saúde e a presença de idosos leva a uma expansão dos gastos com saúde. Quanto ao tamanho da família, há indícios de que as famílias maiores podem se beneficiar dos ganhos de economia de escala e consumo conjunto em relação às despesas com habitação, alimentação e transporte.

Highlights

  • Escol_mulher Branco Filhos0_6 Filhos7_12 Filhos13_18 Idoso Tamanhofam Bolsafam Arranjo domiciliar Casalsfilhos Monop_masc Monop_fem Unipes_masc Unipes_fem Outrosarranj

  • Onde: βi é o vetor dos parâmetros desconhecidos; yi corresponde ao gasto total mensal per capita do domicílio por categoria de despesa (GTDik); i representa os bens adquiridos inseridos em uma das oito categorias de despesas; Xi é um vetor de variáveis explicativas de localização domiciliar, características domiciliares e tipo de arranjo familiar (Quadro 1); e εi representa um vetor de erros aleatórios

  • 17 São consideradas apenas as despesas com alimentação dentro do domicílio

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Summary

Base de dados

Neste estudo foram utilizados os microdados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009 realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2010b). Os setores são selecionados por amostragem com probabilidade proporcional ao número de domicílios existentes no setor, dentro de cada estrato final, formando a amostra mestra. Há uma predominância das despesas correntes com 92,1% dos gastos totais, destacando-se, nesse grupo, as despesas de consumo,. Serão consideradas apenas as despesas de consumo no sistema de curvas de Engel, devido à sua importância na parcela de gastos das famílias, sendo estas constituídas pelos dispêndios com alimentação, habitação, vestuário, transporte, higiene e cuidados pessoais, assistência à saúde, educação, recreação e cultura, fumo, serviços pessoais e outras despesas diversas. Foram retiradas observações outliers. Dessa forma, a amostra final possui 52.610 domicílios; considerando os pesos amostrais, estima-se que a amostra represente aproximadamente 54.314.548 domicílios brasileiros (Tabela 1 do Anexo)

Modelo econométrico e variáveis utilizadas
Forma funcional
Análise descritiva das variáveis
Escolaridade do responsável pelo domicílio
Resultados do sistema de equações
Localização domiciliar Urbano
Interações entre tipo de arranjo familiar e escolaridade
Resultados por classes de renda
Considerações finais
Sobre os autores
Endereço para correspondência
Soma dos domicílios representados
Idade média do responsável pelo domicílio
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