Abstract

Este estudo investiga padrões socioespaciais em praias de Itamaracá, ilha localizada na Região Metropolitana do Recife (PE). Reconhecida pelos seus atrativos paisagísticos e pelo fácil acesso à capital, a ilha desempenhou um papel significativo no turismo entre as décadas de 1980 e 1990, com a disseminação de residências de veraneio pela classe média metropolitana no seu território. Apesar da intensa exploração imobiliário-turística, estudos apontam uma evasão do turismo na atualidade, enquanto parte da mídia e o senso comum perpetuam uma visão negativa sobre a ilha. Diante desse debate, a pesquisa objetiva aprofundar a compreensão do atual panorama da Ilha de Itamaracá a partir de um estudo socioespacial, apoiando-se na Teoria da Lógica Social do Espaço (Sintaxe) e em dados censitários do IBGE referentes ao ano de 2010, considerando variáveis como renda e densidade demográfica. O estudo revelou complexidades do território e da distribuição de diferentes grupos sociais na Ilha. A proximidade relativa ao mar caracteriza distinção dos mais ricos, que se distribuem em duas maneiras: alguns preferem áreas de alta acessibilidade priorizando o acesso a serviços, enquanto outros buscam maior reclusão através de um processo de segregação voluntária; já os com rendas mais baixas tendem a se localizar no interior do território.

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