Abstract
Durante o Porfiriato (1876-1911), houve uma intensa produção sobre o momento de estabilidade política que o México atravessava. O objetivo deste texto é discutir como, entre os séculos XIX e XX, polígrafos mexicanos utilizaram a História e concepções de tempo em suas obras políticas sobre a Pax porfiriana. Escolhemos os textos de Bernardo Reyes, Justo Sierra e Francisco Madero. A intenção é explicitar como, a partir da memória de um passado anárquico mexicano pós-independência, marcado por guerras civis e intervenções estrangeiras, criou-se no México uma imagem de Díaz como o regenerador da nação, que conseguiu estabelecer a paz interna durante sua ocupação da primeira magistratura do país. Desse presente pacificado, um futuro emergiria. Mas tal futuro, por sua vez, dependia de escolhas políticas que seus autores buscavam defender.
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