Abstract

O objetivo deste artigo é mostrar que as transformações sobre o uso da terra decorrentes da implantação do Parque Nacional Grande Sertão Veredas em Minas Gerais revelam tempos (de ontem e de hoje) que remetem às categorias nativas “Gerais”/“Sertão”. Para elucidar esse processo, centro-me na etnografia que realizei com o vaqueiro Samuel, figura emblemática das transformações ali ocorridas. Focarei minha análise na descrição de quatro pontos: em que medida as formas de conversar e o oferecimento de comidas eram pontes que traziam à luz o “Gerais” no momento em que o “Sertão” se apresentava; de que maneira a casa se mostrava como símbolo das transformações que ocorreram; como tais transformações me incluíram numa rede de relações de troca; bem como qual foi a estratégia utilizada pelo vaqueiro na sua relação com o “povo do Ibama” para se manter junto à terra enquanto aguardava a indenização.

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