Os porquês de Wanda Tinasky não ser Thomas Pynchon – um estudo de caso (I)

Saulo Cunha De Serpa Brandão

doi:10.5007/1807-9288.2018v14n2p144

Abstract

Este trabalho relata uma experiência prática em que utilizo algumas funcionalidades do software Neolo para analisar três grupos de textos: 1. Escritos não ficcionais de Thomas Pynchon; 2. As cartas de Wanda Tinasky; e, 3. Cartas que foram publicadas em reação às ideias de Wanda no mesmo jornal. O objetivo é mostrar que é possível comprovar que as cartas de Wanda não foram escritas por Pynchon como criam alguns especialistas da obra do ficcionista. O professor Donald Foster já fez essa comprovação seguindo uma investigação tradicional, histórica. Neste texto demonstrarei como a distinção pode ser feita a partir de análise computacional e atende a métodos quantitativo, qualitativos e aliados a algum dado histórico para fortalecer a proposta. Um último objetivo que almejo com este trabalho é demonstrar que não é preciso fórmulas arrojadas e complexas para fazer o trabalho de distinguir estilo de autores.

Highlights

This paper reports a practical experience in which I use some Neolo software function to analyze three groups of texts: 1. Non-fictional writings by Thomas Pynchon; 2
A exigência única que se faz é que nos sejam dados os créditos pela criação original
Como as obras de Thomas Pynchon são meus objetos de pesquisa há muito tempo, sei da esquisitice dele com certas palavras e isso me levou a verificar como ficaram essas palavras na lista de palavras com frequências do Neolo e o resultado não me surpreendeu, pelo contrário confirmaram minhas suspeitas e pesquisas anteriores, senão vejam: Yet Already

Summary

SAULO CUNHA DE SERPA BRANDÃO

Vou discutir neste texto um experimento feito com a utilização de software de minha autoria que tem como função primária a extração de neologismos e palavras estrangeiras dos textos em análise. Explico os casos mais extremos: os textos não-ficcionais de Thomas Pynchon não são amostra, mas população, ou seja: são todos os textos que Pynchon publicou fora os de ficção, então não há como dar erro de amostragem para esse corpus; o exemplo menos vantajoso, menos seguro, é o das cartas que reagiram às ideias de Wanda que conta com uma população de 48.101 palavras. A resposta é simples para quem já lida com estudos de corpus, mas não é de tão fácil percepção para neófitos, por isto eu explico: como eu vou trabalhar com a frequência de ocorrências das palavras dentro de um determinado texto as vezes de aparição de uma palavra varia de acordo com o número de palavras da amostra, ou população, podendo modificar assim a sua frequência de ocorrência. As numerações referem-se à posição das palavras no ranqueamento de frequência feio por Neolo

Dicionário de Frequência

Outras palavras

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