Abstract
Este artigo visa contribuir com o estudo dos pequenos partidos brasileiros através da análise de suas performances em eleições e de suas características organizacionais. Apresenta-se a discussão de possíveis critérios de como estabelecer quais são os pequenos partidos e propõe-se um a partir do qual seleciona-se os casos. Dados eleitorais referentes às disputas para executivo e legislativo nos três níveis federativos do grupo de partidos selecionados são analisados e os diferentes desempenhos dos pequenos partidos é relacionado com suas características organizacionais. A análise aponta que os partidos que apresentam maior capilaridade e menor institucionalização de seus diretórios sub-nacionais têm melhor performance no período analisado.
Highlights
Este artigo visa a contribuir com o estudo dos pequenos partidos brasileiros por meio da análise de seus desempenhos em eleições e de suas características organizacionais
Todos os pequenos partidos personalistas, juntamente com as legendas de esquerda – Partido Comunista Brasileiro (PCB), Partido da Causa Operária (PCO) e Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) – e a confessional PSDC, têm votação baixa e estável ao longo do período
Em 2012 o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), por exemplo, obteve 914.082 votos no primeiro turno da disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro, mais do que outros 12 pequenos partidos obtiveram em todos os municípios que disputaram e, no entanto, elegeu apenas dois prefeitos
Summary
Serão analisados os dados relativos à votação e à quantidade de candidatos eleitos pelos pequenos partidos nas eleições municipais e nacionais no período entre 1998 e 2014. Juntamente com o PSDC, têm desempenho comparativamente mediano, com algumas destas legendas, aumentando marginalmente sua votação ao longo do período. Todos os pequenos partidos personalistas, juntamente com as legendas de esquerda – PCB, PCO e PSTU – e a confessional PSDC, têm votação baixa e estável ao longo do período. Em 2012 o PSOL, por exemplo, obteve 914.082 votos no primeiro turno da disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro, mais do que outros 12 pequenos partidos obtiveram em todos os municípios que disputaram e, no entanto, elegeu apenas dois prefeitos.
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