Abstract

A mumificação de corpos humanos ou de suas partes é uma prática cultural em todo o mundo. Nesse contexto, a mumificação de cabeças humanas, para a confecção de troféus de guerra, teve um importante significado na cultura de vários grupos humanos. Na América do Sul, os Shuar ou Jívaro e os Munduruku, estes últimos na Amazônia brasileira, destacaram-se nessa prática. No caso dos Munduruku, as cabeças-troféu são extraordinários exemplos de mumificação por defumação e pelo uso de substâncias vegetais. Possuíam grande valor simbólico e espiritual para os guerreiros que as obtivessem e preparassem, após as batalhas, como parte de um complexo ritual de confirmação de força e de prestígio. Relacionadas culturalmente à fertilidade, à reprodução e à sobrevivência do grupo, essas cabeças, hoje em Museus, têm sido pouco estudadas. A partir da análise de um exemplar do acervo do Departamento de Antropologia do Museu Nacional, Rio de Janeiro, foi possível confirmar uma série de relatos da literatura e a autenticidade deste espécime.

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