Abstract
As argumentações pautadas nos interesses e objetivos de alunos e professores durante o desenvolvimento de atividades de Modelagem Matemática foram sistematizadas em Kaiser e Sriraman (2006) por meio de perspectivas para a Modelagem Matemática na Educação Matemática. Considerando o propósito do nosso trabalho de investigar a Modelagem Matemática como prática favorável ao desenvolvimento do pensamento matemático de alunos, pautamos nossas discussões na perspectiva cognitivista para a Modelagem Matemática. Para abordar o pensamento matemático utilizamos os pressupostos teóricos de Dreyfus (2002) sobre o pensamento matemático de estudantes, e as caracterizações de Tall (2004) para diferentes "Mundos da Matemática". As análises empreendidas se realizam a partir do desenvolvimento de atividades de modelagem por estudantes de um curso de Licenciatura em Matemática e expressam reflexões e considerações sobre o pensamento matemático dos alunos e os processos cognitivos que mobilizaram e apontam indícios do trânsito dos alunos pelos Três Mundos da Matemática durante o desenvolvimento destas atividades. Os resultados obtidos a partir dessa análise indicam o potencial de atividades de Modelagem Matemática como desencadeadoras de processos de pensamento matemático caracterizados por Dreyfus (2002) e Tall (2004).
Highlights
As discussões sobre a importância de encontrar um espaço para as atividades de Modelagem Matemática nas aulas de Matemática vêm ocupando considerável número de pesquisadores e professores dos diferentes níveis de escolaridade
The arguments and objectives guided by the interests of students and teachers
during the development of mathematical modelling activities were systematized by Kaiser
Summary
As discussões sobre a importância de encontrar um espaço para as atividades de Modelagem Matemática nas aulas de Matemática vêm ocupando considerável número de pesquisadores e professores dos diferentes níveis de escolaridade. Embora reconhecendo que as três questões são interdependentes, não podendo investigar-se completamente uma delas sem recorrência às outras, neste trabalho a tônica reside em contribuir para estruturação de aspectos que, em resposta à questão Por que fazer Modelagem Matemática na sala de aula? A identificação ou caracterização de atividades com esse potencial e sua introdução nas aulas de Matemática, são aspectos importantes, considerando argumentações como a de Sfard (1991), por exemplo, de que a aparente dificuldade que muitos alunos revelam em relação à sua aprendizagem indica que deve existir algo diferente na maneira de pensar matematicamente: “[...] a Matemática parece ultrapassar outras disciplinas científicas, deve haver algo realmente especial e único no tipo de pensamento envolvido na construção de um universo matemático” (SFARD, 1991, p 2). A análise pode revelar o potencial de atividades de modelagem para o aprender a pensar matematicamente a que se referem Gray et al (1999)
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