Abstract

Este artigo tem como principal objetivo debater o conceito de expressão livre nas crianças (6-10 anos) no contexto da aprendizagem da Educação e Expressão Plástica (EEP). Nesta discussão mobiliza-se o papel que é atribuído à expressão comummente afirmada nos discursos dos docentes do 1º Ciclo do Ensino Básico (1º CEB) de que as crianças são livres por natureza, exprimindo-se plasticamente de acordo com a sua imaginação e a sua criatividade. Esta maneira de pensar, conhecer e dizer tem-se constituído numa quase aceitação coletiva do pensamento educativo na prática da educação e expressão plástica e nas artes em geral, tornando-se num mito pedagógico e numa verdade intuída.É em torno da análise e da problematização dos discursos de um grupo de seis docentes do 1º ciclo do Ensino Básico que se procura clarificar quais os fundamentos que os levam a incentivar e criar condições para o que classificam de expressão livre das crianças.

Highlights

  • Los Mitos y las Realidades: Concepciones y Prácticas en el Ejercicio de la Expresión Libre de los Niños

  • This study has the main purpose of debating the concept of free expression regarding children

  • mobilized the role played by the viewpoints very often stated by Primary school teachers

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Summary

Início do percurso

No debate que pretendo encetar em torno da expressão livre das crianças do 1o Ciclo do Ensino Básico (1o CEB), afigura-se importante a conjugação de uma síntese do percurso histórico do modo como os professores do século XXI desenvolvem a aprendizagem das crianças na área da Expressão e Educação Plástica (EEP), convicta que esta área não está desligada dos movimentos pedagógicos do ensino em geral e de uma determinada ideia de escola que socialmente se foi desenhando e construindo. Apesar das ideias pedagógicas e artísticas para a infância apontarem para outras trajetórias, destacando a importância que a sociedade e a cultura têm no desenvolvimento psicológico de cada indivíduo e pelas implicações que esses saberes têm na transformação de cada um, a designação de expressão livre continua, na maior parte dos contextos educativos e artísticos, a ser entendida como uma prática “espontânea” da criança, sublinhando-se, como razão maior, a circunstância da criança ser criativa por natureza. A opção pela técnica da entrevista centrou-se nas potencialidades que nos foram dadas através dos dados descritivos patentes na linguagem dos docentes, permitindo desenvolver uma ideia sobre a maneira como interpretam aspetos do mundo da criança e da Educação Artística, da história das ideias na relação Educação e Arte. A análise de conteúdo das entrevistas foi feita como nos sugerem Quivy e LucVan “os métodos de análise de conteúdo, implicam a aplicação de processos técnicos relativamente precisos (como por exemplo, o cálculo das frequências relativas ou das coocorrências dos termos utilizados)” (1988/1992, p. 47)

Desenhar com palavras
Espaço da arte no tempo da escola
Quantos anos de expressão livre?
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