Abstract

O avanço tecnológico permitiu a cura de doenças crônicas, como o câncer, porém criou a ilusão de que a morte é um infortúnio. Os profissionais da oncologia apresentam uma relação ambígua com a morte, que embora presente, é combatida a todo custo. Objetiva-se analisar as significações que os profissionais da área oncológica atribuem às perdas, à morte e ao luto. Realizou-se uma pesquisa clínico-qualitativa, com entrevista semiestruturada de questões abertas com seis profissionais componentes de uma equipe de Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, serviço público, localizado em uma cidade no Sul da Bahia. Da análise de conteúdo das entrevistas, identificou-se quatro grupos temáticos em que se discute os conceitos de perda, limite, luto, acolhimento, escuta e vínculo, entrecortando-os com temas como religião, docilização dos corpos, responsabilidades e implicações da instituição e do profissional de saúde na gestão de dispositivos para o luto. Conclui-se que as entrevistadas reconhecem que a morte é mais uma das perdas no trabalho, que não tem a devida elaboração, não pela sua desimportância, mas pela pressão das demandas de trabalho.

Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.