Abstract

Este artigo tem como objetivos analisar o surgimento de caminhos de peregrinação, que evocam a experiência missionária e mística do jesuíta José de Anchieta, e apontar para a sua estreita vinculação com a criação de lugares de memória a ele associados e com a Causa de sua canonização.

Highlights

  • O processo de beatificação do missionário jesuíta José de Anchieta[1] teve início, oficialmente, em 1624, sofrendo sua primeira paralisação entre 1634 e 1647, devido a mudanças na Legislação Canônica

  • Segundo os documentos do processo de implantação do monumento disponíveis na Sessão Técnica de Levantamento e Pesquisa da Divisão de Preservação do Departamento do Patrimônio Cultural de São Paulo[10], a Sul América Companhia Nacional de Seguros de Vida procurou, a 12 de março de 1953, o então prefeito da cidade, Sr

  • Tendo presentes as motivações para o crescimento dessas novas rotas de peregrinação e de experiência místico-espiritual, nos deteremos na análise do turismo religioso surgido em torno do beato José de Anchieta e que levam o nome do missionário jesuíta: os Passos de Anchieta, no Espírito Santo, e o Caminho de Anchieta, em São Paulo

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Summary

A Causa da canonização de Anchieta: sobre lugares de memória e milagres

O processo de beatificação do missionário jesuíta José de Anchieta[1] teve início, oficialmente, em 1624, sofrendo sua primeira paralisação entre 1634 e 1647, devido a mudanças na Legislação Canônica. Enquanto a colônia portuguesa de São Paulo empenhava-se na arrecadação de verbas para a construção de um monumento que celebraria o padre Manuel da Nóbrega, o padre José de Anchieta era alvo de homenagens, com a instalação de uma estátua na Praça da Sé, no ano de 1954. Segundo os documentos do processo de implantação do monumento disponíveis na Sessão Técnica de Levantamento e Pesquisa da Divisão de Preservação do Departamento do Patrimônio Cultural de São Paulo[10], a Sul América Companhia Nacional de Seguros de Vida procurou, a 12 de março de 1953, o então prefeito da cidade, Sr. Jânio Quadros, para acertar a construção do monumento, oferecendo a verba de um milhão e quinhentos mil cruzeiros “a esta homenagem” e indicando tanto o escultor que se responsabilizaria pela obra, quanto o local de sua instalação, a Praça da Bandeira. Aos interessados em refazer os caminhos de Anchieta os sites de divulgação oferecem a oportunidade de, na condição de peregrinos, vivenciarem concretamente a experiência vivida por Anchieta, que, com destemor e superando dificuldades de toda ordem, desbravou a selva e levou a fé católica aos povos indígenas

Entre o sagrado e o profano: o turismo religioso e a mística anchietana
Os Passos de Anchieta
O “Caminho de Anchieta”
À guisa de conclusão
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