Abstract
Este artigo tem como objetivo discutir a construção de grandes projetos hidrelétricos na Amazônia brasileira, a partir das estratégias de despolitização utilizadas para o seu tratamento técnico-científico e o processo de contestação de conhecimentos com base na mobilização social contrária a esses projetos. A hidreletricidade tem sido vista nos últimos anos como uma alternativa limpa e renovável de fornecimento de energia frente às mudanças climáticas, justificando a sua retomada na Bacia Amazônica e omitindo seus impactos socioambientais. As estratégias de despolitização visam mobilizar conhecimentos para que as infraestruturas hidroelétricas sejam compreendidas a partir de uma abordagem técnica, que compactua com a ideia de projetos infalíveis da engenharia moderna que ignora riscos associados à sua construção e operação. Estes projetos afetam de modo desigual os grupos sociais, sendo os mais impactados aqueles que são forçados a se deslocarem e tem seus modos de vida alterados. Assim, são analisadas as estratégias de despolitização empregadas para a construção das usinas de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte, bem como a mobilização social contrária aos projetos como meio de repolitização da temática das grandes hidrelétricas, demonstrando a contestação de conhecimentos nesta arena.
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