Abstract

O fenómeno das Inferências Espontâneas de Traço (IETs) consiste na constatação de que, no seguimento da exposição a um comportamento implicativo de um traço de personalidade, se verifica uma inferência do traço acerca do respectivo autor, sem que haja intenção nem consciência por parte do observador (Winter & Uleman, 1984). Recentemente, o fenómeno de Transferências Espontâneas de Traço (TETs) veio revelar que os traços implicados pelas descrições comportamentais se podem vincular a outros sujeitos que não o seu autor, tais como um comunicador do comportamento. A descoberta do efeito de TETs veio incidir uma nova luz sobre a caracterização das IETs. Especificamente, enquanto que alguns autores definiram as IETs como um processo de natureza inferencial, por oposição às TETs, que se caracterizariam por processos associativos, outros sugeriram que a ambos os efeitos subjaz um mesmo mecanismo associativo. O presente artigo incidirá sobre a investigação na área das IETs e TETs, fazendo uma exposição crítica do debate entre as duas explicações oferecidas e propondo novas formas empíricas de o esclarecer.

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