Abstract

Memória por correspondência (2016), romance epistolar no qual encontram-se reunidas vinte e três cartas escritas por Emma Reyes (1919-2003), expõe uma tentativa de reconstrução e apresentação de um passado em um registro externo.  Mas nos traz, antes de uma narrativa íntima, um retrato de uma sociedade colonizada católica e repartida em classes. Neste sentido, as memórias são, além de uma reconexão com seu processo de subjetivação, repletas de críticas políticas nas quais a narradora não economiza questionamentos e reflexões importantes a respeito do estado e da religião. Tal característica coloca a escrita de Reyes como Literatura Menor. O texto é de denúncia ao modelo de sociedade empregada por modelos tradicionalistas de um poder pastoral e as chamadas Instituições Totais, apresentando os detalhes das normas e das condutas disciplinares os quais foi obrigada a desempenhar durante seu crescimento e constituição de subjetividade, dentro do convento onde viveu a sua infância em sofrimento.

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