Abstract

Tem sido frequentes e cada vez mais numerosos os encaminhamentos advindos da educação direcionados a profissionais da saúde de crianças com supostas dificuldades na apropriação da leitura e da escrita. Contudo, cabe indagar, mediante tais dificuldades, quais vêm sendo as experiências educacionais vivenciadas por essas crianças nessas modalidades de linguagem, e como os discursos escolares vêm constituindo os seus modos de aprender. Por isso, este estudo objetivou discutir o efeito de práticas e discursos no processo educacional de uma criança com suposta dificuldade de leitura e escrita. Verificamos que práticas e discursos medicalizantes foram adotados para justificar o “não aprender”, isentando a equipe pedagógica de assumir um papel mais ativo no processo educacional e fortalecendo o processo de medicalização. Para tanto, o estudo aponta para a necessidade do enfrentamento de tais práticas e discursos por meio de parcerias responsivas ativas entre a Fonoaudiologia e a Educação que visem promover práticas possíveis aos diversos modos de construção de conhecimento, de apropriação da leitura e da escrita e aos diferenciados ritmos dos sujeitos, sendo a escola considerada o espaço potente para essa construção.

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