Abstract

O artigo aborda aspectos relevantes dos discursos de celebração da 'Revolução de 64', construídos pelos militares entre os anos de 1964 e 1999, através dos quais buscaram explicitar as motivações quanto à articulação do Golpe de Estado, a estruturação do regime e o seu desfecho em 1985. As matrizes discursivas assumem contornos de radicalidade ao justificarem o 31 de março em oposição à 'Revolução Comunista' que estava em curso no governo João Goulart. O material pesquisado representa um significativo 'lugar de memória', permitindo aos militares a formulação de hipóteses que pretendem, ainda hoje, legitimar uma memória positiva dos feitos 'revolucionários'. O objetivo, portanto, é analisar as concepções de história, o sentido e o caráter das comemorações, estabelecendo regularidades que possam elucidar a estruturação do pensamento anticomunista e autoritário em disputa no campo da memória por uma determinada apropriação do passado.

Highlights

  • The article discusses relevant aspects of the commemoration speeches of the ‘1964 Revolution,’ made by the Brazilian military between 1964 -1999

  • The aim of this study is, to analyze concepts of history, and the meaning and the character of the commemorations, establishing regularities that might elucidate the structure of the authoritarian and anti-communist thought disputed in the field of memory for a specific appropriation of the past

  • Very rarely has a great nation been so close to disaster and recovered from it as Brazil has in its triumph over red subversion

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Summary

Lucileide Costa Cardoso*

Resumo O artigo aborda aspectos relevantes dos discursos de celebração da ‘Revolução de 64’, construídos pelos militares entre os anos de 1964 e 1999, através dos quais buscaram explicitar as motivações quanto à articulação do Golpe de Estado, a estruturação do regime e o seu desfecho em 1985. O material pesquisado representa um significativo ‘lugar de memória’, permitindo aos militares a formulação de hipóteses que pretendem, ainda hoje, legitimar uma memória positiva dos feitos ‘revolucionários’. O objetivo, portanto, é analisar as concepções de história, o sentido e o caráter das comemorações, estabelecendo regularidades que possam elucidar a estruturação do pensamento anticomunista e autoritário em disputa no campo da memória por uma determinada apropriação do passado.

Lucileide Costa Cardoso
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