Abstract
O artigo examina a utilização do cinema em processos de patrimonialização não institucional e institucional do ritual Yaokwa do povo Enawenê-nawê em dois momentos históricos diferentes, recorrendo a depoimentos de cineastas e antropólogos indigenistas, à análise fílmica e a bibliografia ameríndia. As obras foram produzidas pelo projeto Vídeo nas Aldeias que, desde os anos 1980, desenvolve um trabalho colaborativo com comunidades indígenas na área do audiovisual. O primeiro documentário foi realizado num contexto de reflexão interna sobre a relação a estabelecer com a sociedade colonial. O segundo filme foi produzido quinze anos depois como parte do processo de patrimonialização institucional do ritual Yaokwa que tinha como objetivo alertar para os desafios ambientais que vários empreendimentos capitalistas colocavam à manutenção do modo de vida dos Enawenê-nawê.
Highlights
The article examines the use of cinema in non-institutional and institutional heritage processes, of the Yaokwa ritual from the Enawenê-nawê people at two different historical moments using statements from indigenous filmmakers and anthropologists, film analysis and the Amerindian bibliography
The works were produced by the project “Vídeo nas Aldeias” which, since the 1980s, has been developing collaborative work with indigenous communities in the audiovisual area.The first documentary was made in the context of internal reflection about the relationship to be established with colonial society.The second film was produced fifteen years later as part of the institutional heritage process of the Yaokwa ritual that aimed to alert to the environmental challenges that many capitalist enterprises posed to the maintenance of the Enawenê-nawê way of life
Leonardo Sette, coordenador de várias oficinas formação de cineastas indígenas, mencionou em entrevista que os povos indígenas tinham sempre curiosidade de ver as filmagens das outras comunidades para comparar técnicas de caça e que, quando viam as barragens dos Enawenê e a quantidade de peixe que eles capturavam, consideravam-nos como uma espécie de “super-heróis” (entrevista a Leonardo Sette, 25 de setembro de 2015)
Summary
Perante o visionamento dos filmes e contatos com as ONG, os Enawenê compreenderam que existiam muito mais não indígenas do que eles pensavam
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