Abstract
Este estudo teve como objetivo compreender a construção de sentidos dos jovens no processo de organização popular em uma comunidade tradicional de Fundo de Pasto. O acesso à experiência ocorreu por meio de observação participante com registro em diário de campo. A análise dos dados seguiu o caminho fenomenológico indicado por Amatuzzi (1996): a) sintonizar com o todo do vivido; b) encontrar os elementos experienciais; e c) realizar uma síntese da experiência. A partir desse percurso, identificou-se que os sentidos emergidos estão fortemente direcionados a um sentimento de pertencimento à terra e valores de coletividade, levando a compreensão de um jeito de ser no mundo, silenciado e ameaçado. Aponta-se que é na interação dialética entre as subjetividades e as questões sociais que ocorre a potencialização da organização popular, levando os jovens a maior envolvimento crítico consigo e com sua realidade. Diante disso, fica o desafio, a provocação e a possibilidade de uma atuação da psicologia que problematize e questione as estruturas que violentam as subjetividades dos povos.
Highlights
Resumen Este estudio tuvo como objetivo comprender la construcción de sentidos de los jóvenes en el proceso de organización popular en una comunidad tradicional de Fondo de Pasto
The study had like objective understand of meanings of young people in the process of popular organization in a traditional community of Fundo de Pasto
The experience access occurred through participant observation with register in the field diary
Summary
As pesquisas são formas importantes de se trazer saberes novos para a sociedade como preconizam Pereira, Shitsuka, Parreira e Shitsuka (2018) e para tanto torna-se importante e necessária o emprego de metodologias que permitam a reprodutibilidade dos experimentos. A construção metodológica do presente trabalho constituiu-se a partir da busca por realizar uma experiência popular de pesquisa em psicologia, conforme convocação de Amatuzzi (2008). Pesce & Abreu (2013) trazem a pesquisa qualitativa como uma forma de investigar os aspectos subjetivos da realidade, permitindo considerar a própria experiência do pesquisador dentro do processo de investigação. Amatuzzi (2008) coloca a pesquisa fenomenológica centrada no vivido, este sendo compreendido como nossa resposta subjetiva imediata aquilo que nos acontece, antes da racionalização da experiência. O que se narra a seguir são apenas resultados e discussões de uma síntese da experiência e seus significados para os sujeitos da investigação, pesquisadoras e participantes, pois a síntese não dá conta da totalidade do vivido, do tocado, do sentido, do provocado. Dessa forma, como traz Amatuzzi (1996), trata-se de uma resposta da pesquisadora e sua subjetividade.
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