Abstract
Tendo como ponto de partida a ambiguidade contida na metáfora do phármakonassociada à escrita no Fedrode Platão, neste artigo pretendemos examinar os demais contextos em que essa palavra aparece nesse diálogo. Nosso objetivo é compreender o emprego da metáfora farmacológica para a determinação da escrita, e do modo como as diferentes oposições que ela engendra colaboram para compreender o movimento dialético. Por meio da explicação dessas contraposições, pretendemos mostrar que as palavras escritas em Platãoestão permanentemente sujeitas a um renversementde sentidos, e que o fruto dessas disassociações e congruências constitui exemplificação da própria dialética. Para isso, consideramos também a leitura que Derrida (2004 [1972]) faz da passagem, mas a transcendemos na medida em que, ao considerarmos as diferentes oposições dialéticas contidas no diálogo, não vislumbrarmos, como efeito do phármakonplatônico, uma centralidade da escrita (ou da oralidade) para Platão.
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