Abstract

Este artigo investiga a impossibilidade de se empreender uma análise linguística que dissocie os níveis sintático, semântico e pragmático. Sob a perspectiva teórica do Funcionalismo associada a conceitos da Análise do Discurso e da Semântica Argumentativa, analisaremos aspectos discursivos das cláusulas hipotáticas de finalidade na construção da argumentação. Especificamente, discutiremos como essas cláusulas se articulam, no português brasileiro em uso, baseando-nos em um dos aspectos que contribuem para a organização argumentativa do discurso, a hipotaxe circunstancial. Partindo da hipótese de que as estruturas hipotáticas revelam um matiz argumentativo, constituíram como corpus de análise desta pesquisa quarenta e oito (48) artigos de opinião publicados pelo jornal Folha de São Paulo, na coluna Tendências e Debates, nos anos de 2014 e de 2020, dos quais provêm cento e trinta (130) cláusulas hipotáticas de finalidade, que se mostraram mais produtivas em textos que advogam contra a doxa social instaurada.

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