Abstract

Este ensaio promove uma leitura do conto ‘O cão de Dürer’, da escritora portuguesa Maria João Cantinho, publicado em 2006, evidenciando a sua correspondência com a gravura renascentista Melencolia I, de Albrecht Dürer (1514), além de outras obras do artista. A compreensão do protagonista da narrativa acerca da arte de Dürer se processa em uma viagem para dentro de si mesmo, a fim de acessar a sua própria memória. Por isso, fazemos aqui uso do conceito de ‘memória estética’ de Mario Praz (1982), veiculado em pesquisa sobre a correspondência entre literatura e artes visuais. Em razão da afinidade acadêmica da autora com os estudos acerca da obra de Walter Benjamin, discussões diversas do filósofo alemão igualmente comparecem como instrumento de leitura para o conto.

Highlights

  • This rehearsal promotes a reading of the tale ‘O cão de Dürer’, of the Portuguese writer Maria João Cantinho, published in 2006, showing the correspondence with the Renaissance engraving Melencolia I, of Albrecht Dürer (1514), and other artist’s works

  • Por um lado, o nome do artista chega a nós de imediato, em função da unidade inicial de sentido do conto — o seu título, pouco demoramos a concluir, por outro lado, que o sintagma Cão de Dürer não se apresenta, por si apenas, como um indício preciso e definitivo de a qual obra específica do autor estaria a fazer referência

  • Assim, inteiramente perdida a experiência do protagonista do conto em sua contemplação de Melencolia I e dos ‘olhos de safira’ da figura no jardim, não fosse, ainda que longe de resultar em absoluto sucesso, sua busca por uma memória, com potencialidade para restaurar os sentidos originais da obra — e, convenientemente para nós, Benjamin conclui sobre o poema de Baudelaire: “As correspondances são os dados do ‘rememorar’

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Summary

Introduction

This rehearsal promotes a reading of the tale ‘O cão de Dürer’, of the Portuguese writer Maria João Cantinho, published in 2006, showing the correspondence with the Renaissance engraving Melencolia I, of Albrecht Dürer (1514), and other artist’s works.

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