Abstract
Discuti como "índios(as)" são instituídos(as) como diferentes com base em olhares materializados através de livros didáticos, selos e cartões postais etc., marcando a função pedagógica de artefatos aparentemente banais. O artigo está dividido em três eixos temáticos: o primeiro relaciona-se às diversas formas como o "outro" é visto; o segundo, à transposição de significados atribuídos aos objetos; o terceiro discute a representação de índios(as) através de cartões postais e telefônicos e moeda nacional, como "autênticos" brasileiros e patrimônio da nação. O referencial que norteia essa abordagem relaciona-se ao campo dos estudos culturais, na perspectiva pós-moderna. Nesse sentido, os conceitos articulados nessas produções foram analisados como um conjunto de práticas discursivas estabelecidas a partir de "relações de poder".
Highlights
Que, por sua vez, possibilitam a quem tem mais força atribuir aos “outros” seus significados
Esta definição já carrega a importante premissa de que as coisas – objetos, pessoas, eventos do mundo – não têm em si qualquer significado estabelecido, final ou verdadeiro
A partir disso, considero apropriado desenvolver uma análise das representações de “índio” no sentido de práticas de significação, pressupondo que a existência dessas representações ocorra com base em relações de poder através das quais grupos ou sujeitos mais poderosos atribuam aos “outros”, no caso aos índios(as), seus significados
Summary
A variedade de artefatos culturais que tomam a imagem de “índios(as)” como motivo ilustrativo sinaliza que os discursos que neles circulam nos interpelam de diferentes formas e nas mais variadas circunstâncias. A partir disso, considero apropriado desenvolver uma análise das representações de “índio” no sentido de práticas de significação, pressupondo que a existência dessas representações ocorra com base em relações de poder através das quais grupos ou sujeitos mais poderosos atribuam aos “outros”, no caso aos índios(as), seus significados. Servem para mostrar a rede de poder em que as questões culturais estão inseridas, apontando que a diferença tem sido marcada de forma hierarquizada e assimétrica, e que os sujeitos ou as práticas mostrados(as) como diferentes o são de forma que pareçam inferiores, de modo que a diferença não é estabelecida desinteressada e inocentemente, mas é instituída a partir de discursos e “olhares poderosos”
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