Abstract
Ocupar, produzir, resistir. Foi com tais propósitos que aproximadamente 50 famílias camponesas ligadas ao MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra – tomaram posse, em 2005, da Fazenda São Paulo, no município de Barbosa Ferraz, região centro-ocidental do Paraná e lá se mantêm, como que desafiando sucessivas ordens de despejo emitidas pelo Poder Judiciário. A área ocupada, de 573,20 hectares, foi dividida em lotes individuais pelos próprios camponeses, que deram ao acampamento o status de pré-assentamento rural, e o batizaram com o nome da religiosa Irmã Dorothy. Estudar o processo de luta pela terra dos camponeses de Barbosa Ferraz é o objetivo deste trabalho, no qual se procurou valorizar as estratégias e anseios da luta camponesa, a receptividade da comunidade local e regional e os caminhos percorridos nas esferas do Poder Judiciário, tanto por parte do antigo proprietário pela reintegração de posse, como pelos apoiadores dos trabalhadores acampados, pela efetivação de um projeto de reforma agrária.
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