Abstract

No presente trabalho dois aspectos diversos são analisados referentes às relações entre poliploidia e os caracteres dos estomas em Citrus e outros gêneros próximos. Na primeira parte analisam-se os dados apresentados por Hirano (5) sôbre a densidade dos estomas em numerosos representantes da sub-família das Aurantioidex à luz da sua constituição citológica. Esperava-se poder explicar a grande variabilidade desta densidade, pela possível existência de formas poliplóides. A contagem dos cromosômios de muitas plantas por êle utilizadas na Estação Experimental de Riverside, Califórnia, e uma extensa pesquisa bibliográfica, visando esclarecer a constituição cromosômica daquelas variedades, espécies e gêneros que não puderam ser analisados, revelaram, porém, que, provàvelmente, apenas no grupo de Citrus aurantifolia Swingle, existem duas variedades triplóides, sendo tôdas as demais diplóides. Sòmente naquele caso é que a variabilidade na densidade dos estornas pôde ser explicada pela diferença no número de cromosômios. No restante do material estudado por Hirano, as diferenças no número de estornas por unidade de área devem ser atribuídas, de preferência, a grande variabilidade da constituição genética. Na segunda parte apresentam-se os resultados de uma detalhada análise sôbre a área dos estomas e a sua variabilidade em formas cítricas di- tri- e tetraplóides, numa tentativa de separar êstes poliplóides sem recorrer à contagem dos cromosômios. Um total de 36 indivíduos pertencendo a 5 espécies diferentes foram estudados. Agrupando-se cs valores obtidos em ordem decrescente de área dos estornas, verifica-se uma série contínua, associando-se, entretanto, os di- tri- e tetraplóides em três grupos separados. Notaram-se diferenças estatisticamente significantes tanto entre as médias dos três grupos, como entre os limites extremos de grupos consecutivos e também dentro dêles. A variabilidade dêste caráter também se manifesta dentro de cada uma da maioria das espécies e grupos di- e tetraplóides. A-pesar disso, entretanto, chegou-se à conclusão de que a determinação da área dos estornas poderá ser útil mesmo no caso em que se queira separar triplóides de tetraplóides, da mesma progênie, conhecendo-se a área dos estornas das respectivas formas diplóides em idênticas condições de meio.

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