Abstract

A sessenta anos da promulgação da Sacrosanctum Concilium, parece-nos que podemos assinalar uma mudança de perspectiva em curso: da atenção à "reforma" da liturgia à liturgia como "forma" de renovação da vida da Igreja, este é o objetivo deste estudo. Na primeira fase, o foco estava inteiramente na liturgia como um objeto a ser reformado: um objeto ao qual se devia atribuir significado, um objeto a ser embelezado, ser purificado e retirado a poeira, do qual precisava retirar as incrustações para fazê-lo brilhar, mas ainda assim permanece um objeto. A reforma litúrgica foi entendida como: a liturgia a ser reformada. A atenção hoje, por sua vez, parece-nos mais orientada para a liturgia como fonte de renovação da vida da Igreja. Ora, se a liturgia se tornou fonte, ela não seria mais apenas objeto, como antes; ela se tornaria, agora, "lugar vital", entendido como fonte propulsora e critério de verificação, da renovação da vida da Igreja. Inicialmente trataremos brevemente da pré-história da reforma litúrgica, para depois falar da Constituição litúrgica e do seu fundamento, da sua aplicação e dos litígios que dela decorreram. A Igreja se constitui enquanto tal, pelo fato de tomar forma a partir da celebração, do dom recebido. Deste modo, a Sacrosantum Concilium, mais do que um manual para reformar os ritos, revelou-se uma carta magna, capaz de inspirar a renovação e a reforma da Igreja. PALAVRAS-CHAVE: Liturgia. Sacrosancturn Concilium. Refonna. Evangelização. Concílio.  

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