Abstract
Provavelmente sim. Não existem evidências que comprovem a segurança do uso de larvicidas em água potável. Entretanto, os poucos estudos que existem avaliando o efeito em população de mamíferos, assim como as avaliações de biodisponibilidades e citotoxicidade, demonstram que em baixa concentração são seguros e não há efeitos carcinogênicos ou genotóxico. Os larvicidas avaliados e autorizados para uso em água potável pela Organização Mundial de Saúde, destinada para consumo humano são: DIFLUBENZUROM, METOPRENO, NOVALUROM, Pirimifós/, PIRIPROXIFEM, ESPINOSADE, TEMEFÓS, além do Bacillus thuringiensis israelensis (BTI). Recomenda-se sempre usar a dose correta dos larvicidas. O temephós é utilizado para tratamento de focos, mas não deve ser utilizado em aquários com peixes. Aprovado para uso em água de consumo humano. O pyriproxyfen é um éter e não há evidências que comprovem que cause dano em fetos de mamíferos. BTI é recomendado como larvicida para uso em saúde pública, é uma bactéria que em contato com a água libera substâncias tóxicas para as larvas de alguns insetos. A aplicação deverá ser realizada por profissional treinado. O BTI não apresenta ingesta diária aceitável, entretanto a orientação de uso deve ser de 1-5mg/litro. A avaliação de substâncias químicas de qualquer natureza sempre deve salientar a possibilidade de bioacumulação. As substâncias que não são biodegradadas, são biopersistentes e mantêm-se em altas quantidades nos tecidos dos seres vivos. Portanto, mesmo que as substâncias não sejam para consumo humano direto a avaliação do seu uso na agricultura, leito de rio e pastos deve ser avaliada criteriosamente.
Highlights
A ingesta diária aceitável por mg/kg de peso corporal varia entre 0-0,1mg/kg, o cálculo é realizado considerando o NOAEL de 10mg/kg massa corporal por dia
O estudo conclui que o NOAEL foi de 400ppm, o que representaria entre 24 a 27,5mg/kg peso corporal.[8]
Mesmo que as substâncias não sejam para consumo humano direto, ou para uso em água potável, a avaliação do seu uso na agricultura, leito de rio e pastos deve ser avaliada criteriosamente
Summary
Não existem evidências que comprovem a segurança do uso de larvicidas em água potável. A recomendação do uso de larvicidas em água para consumo humano deve considerar o risco de expor a população a um produto com uma segurança frágil, mas sem evidências de dano, e os riscos pela exposição as doenças transmitidas pelos vetores.
Talk to us
Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have
More From: Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.