Abstract
O artigo é o resultado de uma pesquisa acadêmica, no nível de mestrado, sobre o trabalho do psicanalista em um hospital público brasileiro. Considera-se urgente refletir sobre os riscos da exaltação do saber científico, no contexto hospitalar, que não leve em conta outros fatores envolvidos na produção de uma doença: como os sociais, econômicos, políticos e subjetivos. A metodologia elegida foi a vinheta clínica proposta no arcabouço teórico da psicanálise, em especial por Freud e Lacan. Os resultados evidenciaram que o trabalho psicanalítico no hospital seria acolher o sujeito, porque, ao falar, ele expõe suas fantasias, constrói um saber possível sobre sua doença e seu corpo, em uma tentativa de articular a palavra ao real do corpo. Ademais, uma possibilidade de o sujeito ser agenciador de discursos e, consequentemente, protagonista no seu tratamento hospitalar.
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