Abstract

O esporte e a atividade física no Brasil estão expandindo em número de participantes e em diversificação de atividades. Nesta expansão se inclui o ramo de academias, no qual o Brasil está em quarto lugar no mercado mundial. Embora o Educador Físico (EF) pudesse ser beneficiado por esta expansão, isto não ocorre. E mesmo sendo destacado como agente promotor de saúde e qualidade de vida, são raras as pesquisas acerca de como a saúde e a qualidade de vida do EF são afetadas pela sua atuação profissional e condições de trabalho. O objetivo desta pesquisa foi trazer à evidência científica aspectos da atuação profissional e condições de trabalho do EF atuante em academias de Brasília (DF), sendo utilizada pesquisa descritiva com questionário semiaberto (n = 53). Verificou-se que o vertiginoso crescimento do ramo de academias, inclusive como lócus de trabalho preferencial dos recém-formados, não corresponde a melhores condições de trabalho para os EFs, haja vista a presença de informalidade, precarização, intensificação e flexibilização do trabalho, conduzindo o EF a trabalhar em diversos empregos [EFs possuem em média dois empregos (54,7%), havendo EFs com quatro empregos (9,4%)], gerando desgastes à sua saúde, caracterizando um contrassenso à essência da profissão. Denota-se condições de trabalho nem sempre favoráveis, mas mascaradas pela realização pessoal advinda da escolha vocacional da profissão. Foi verificada baixa conscientização, mobilização e criticidade dos EFs perante esta realidade, embora alguns tenham indicado o desejo de abandono da profissão. É necessário o estabelecimento de uma nova contratualidade.

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