Abstract
Este artigo explora algumas das principais implicações e desafios que o processo crescente de turistificação das festas de caráter religioso e popular pode representar para as comunidades locais, num momento em que se tornam ofertas turísticas potenciais, com exposição crescente nos mais diversos tipos de média. Em Portugal, celebram-se anualmente muitas festas populares que, sendo de caráter religioso, são expressão do entrecruzamento de elementos diversos, ligados tanto ao tempo sagrado, como ao tempo natural e agrícola e ao tempo profano.Tal como acontece com outros tipos de eventos de caráter popular e religioso, as festas são cada vez mais perspetivadas como potenciais “produtos” turísticos que servem para expor a singularidade das comunidades detentoras e atrair a atenção de visitantes. Neste texto, pretende-se discutir a dificuldade teórica e metodológica de pensar separadamente o tempo da comunidade, do tempo do turismo, atendendo ao caráter identitário que a festa adquire. Este exercício é baseado numa exploração de informação recolhida em trabalhos realizados e em curso acerca de duas festividades que passam, cada uma a seu modo, por estes processos na atualidade: a Bugiada e Mouriscada ou S. João de Sobrado e a Semana Santa em Braga.
Highlights
This article explores some of the principal implications and challenges that the rising touristification process of religious and popular festivals may have for local communities, at a time when they are becoming potential tourist attractions, with rising exposure in a broad range of media
This exercise is based on analysis of information gathered from previous and ongoing research work into two festivities that are each experiencing such processes today, in their own different ways: the festivity of Bugiada e Mouriscada, or S
Só tens uma ordem para dar, duas ordens: ou marcha mais rápido ou marcha mais devagar e só tens a dar a ordem “é para fechar” e, quando é para fechar, muda o ritmo
Summary
This article explores some of the principal implications and challenges that the rising touristification process of religious and popular festivals may have for local communities, at a time when they are becoming potential tourist attractions, with rising exposure in a broad range of media. No excerto seguinte é evidenciado este sentimento complexo de identificação com a festa, não apenas pelo que é no momento presente, mas, principalmente, pelo que ela representa ao longo do tempo de vida dos sujeitos e, portanto, pelo que lhes trouxe na construção do quotidiano: a paixão é aquilo que é mais difícil de explicar.
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