Abstract

A partir de uma revisão de literatura, este artigo visa refletir e destacar a importância da expressão e identificação do sofrimento da criança no contexto judicial de disputa de guarda, apoiando‑se no princípio do melhor interesse da criança. Para os profissionais da equipa psicossocial que realizam a avaliação da criança nos casos de disputa de guarda, destacar esse sofrimento permitirá intervir, de modo a torná‑lo visível para os pais que estão envolvidos no conflito entre eles. Os profissionais avaliadores poderão orientar os pais, esclarecendo‑os sobre os riscos emocionais vivenciados pela criança, destacando o impacto no seu processo de desenvolvimento e bem‑estar.Além disso, os pareceres técnicos enviados aos magistrados pontuarão a expressão da criança a fim de que possa ser considerada em sua tomada de decisão, independentemente dos pontos de vista dos pais e dos advogados que buscam enfatizar o conflito.

Highlights

  • Resumen A partir de una revisión de la literatura, el presente trabajo tiene como obje‐ tivo reflexionar y destacar la importancia de la expresión y la identificación del sufrimiento del niño en el contexto de la disputa por la custodia judicial, basándose en el principio del interés superior del niño

  • As mudanças que estão ocorrendo nas famílias no mundo contemporâneo deman‐ dam práticas multidisciplinares atendendo ao princípio do melhor interesse da criança

  • Por meio de pareceres técnicos fornecidos pelos profissionais da equipa psicossocial, o juiz poderá ter acesso à narrativa da criança independente dos vieses de seus pais e advogados destes

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Summary

Indicadores do sofrimento na criança

A reflexão que moveu a escrita deste artigo tem por base a possibilidade de vivência do sofrimento da criança durante a disputa da sua guarda, e que pode ser detetada durante a realização da avaliação psicossocial. Posteriormente, o referido profissional que esteve com a criança leva para as sessões com o mediador e com os pais as infor‐ mações que recolheu na sua avaliação e que deverão contribuir para estabelecer as condições que garantam o bem­‐estar da criança; b) a segunda possibilidade de desenvolver a mediação Child Inclusive (CI) (Hart, 2009; McIntosh et al, 2008) inclui a participação da criança e dos pais apenas nas questões que lhe dizem respeito, como por exemplo, tempo de visitação com o pai não guardião. A intenção dos profissionais é motivar e fortalecer os pais a direcionar a sua atenção para os cuidados e necessidades dos filhos neste contexto de disputa da guarda, tendo como ponto fulcral o respeito pela criança e pelo seu direito ao bem­‐estar e a um con‐ texto de desenvolvimento positivo (Emery, 2012; Hart, 2009; McIntosh et al, 2008)

Considerações finais
Referências bibliográficas
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