Abstract

A partir de uma discussão sobre o papel da atomicidade no domínio da distinção contável-massivo, propomos uma análise para o Singular Nu (SNU) tanto no inglês quanto no português brasileiro (PB). Nosso objetivo é verificar experimentalmente o caráter atômico (ou não) desses sintagmas. Para tanto, analisamos dados de um teste realizado por Scontras, Davidson, Deal e Murray (2017), que mostram que o SNU no inglês enseja principalmente leitura de volume em comparativas. Segundo nossa análise, essa interpretação é explicada como coerção, o que corrobora a denotação do SNU como um predicado atômico nessa língua. Para o caso do SNU no PB, desenvolvemos um teste de julgamento de quantidade, nos moldes de Scontras et al.(2017), para verificar as dimensões usadas na comparação em sentenças com o plural, o nome massivo e o SNU, em oposição a sentenças sem o nome expresso (Quem tem mais?). Os resultados mostram que sentenças com o SNU possuem os mesmos julgamentos de sentenças sem o nome expresso. Argumentamos, então, que o SNU no PB não carrega qualquer traço gramatical de atomicidade, diferentemente do plural e do nome massivo, que carregam traços [+atom] e [-atom] respetivamente.

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