Abstract

Tendo a CEI nascido sob os auspícios do então ministro das Colónias de Portugal, Vieira de Machado, como consagração da política de enaltecimento e defesa do império colonial, pode parecer paradoxal que uma instituição que era suposto funcionar como “triunfo do espírito português” pudesse gerar tantos cartuchos fracturantes da consciência histórica do regime. Um desses cartuchos, para além do Centro de Estudos Africanos (criado pelos estudantes da CEI, mas que não funcionava no espaço da CEI), foi a Colecção “Autores Ultramarinos”, em que, não obstante a designação, foram publicadas as obras mais emblemáticas da literatura anticolonial africana. O objectivo deste artigo é revelar os meandros dessa orientação editorial e a sua relação com a “questão colonial” e como ela funcionou como uma estratégia para enfrentar a violência da ideologia colonial cujo objectivo era a subalternização das identidades africanas.---DOI: http://dx.doi.org/10.22409/abriluff.2018n20a495

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