Abstract

http://dx.doi.org/10.5007/2177-5230.2017v32n63p49Os debates que envolvem noções, conceitos e teorias sobre classe social, raça, etnicidade, preconceito, discriminação, desigualdades sociais, entre tantos outros, quase sempre provocam dificuldades, dúvidas para quase todos os pesquisadores que necessitam desses conhecimentos para buscar compreensão de seu objeto de pesquisa. Essas complicações são ainda maiores quando se buscam enquadrá-las na dimensão socioespacial, sobretudo nos estudos vinculados à segregação sócio-espacial com conteúdos étnico-raciais. Quase todas essas dimensões, de uma maneira ou de outra, estarão ligadas à hierarquização social.O objeto deste trabalho será encontrar outras possibilidades de contestar a racialização e/ou a etnização como elementos de dupla hierarquização dos sujeitos negros, visto que as classes sociais já a criam a partir do mundo do trabalho, com rebatimento na produção de estigma, discriminação, preconceito e segregação socioespacial dos pretos(as) e pardos(as). Dividiremos este artigo em duas partes: (a) tratará da questão da racialização da sociedade brasileira tendo como base a bipolarização entre ser branco e preto; como possibilidade de assunção de ser negro; primeira porta para a politização efetiva da diferença; (b) A segunda parte tratará das bases politizadas da etnização da sociedade, onde o ser negro ganha um pertencimento que o coloca no contexto de ser sujeito da ação.

Highlights

  • Nas estruturas sócio-espaciais na produção das cidades brasileiras, precisando, assim, serem vistos no contexto da indiferença, como pensa Barros (2006)

  • O objeto deste ensaio será a afrodescendência no contexto da etnicidade como potencial formadora de classe social; segundo os postulados assentados por Poulantzas (1986), Poliakov (1974), Poutignat & Streiff-Fernart (1998); por entender que ela só é possível com as devidas inserções do movimento social negro, pois estes são os sujeitos da ação

  • Traça-se como objetivo central deste ensaio: compreender os parâmetros formadores das classes sociais para além da vertente econômica, encontrando outras perspectivas no seio de reconhecimento da etnicidade afrodescendente como uma possibilidade de organização dos sujeitos do movimento social negro

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Summary

Introduction

Nas estruturas sócio-espaciais na produção das cidades brasileiras, precisando, assim, serem vistos no contexto da indiferença, como pensa Barros (2006).

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