Abstract

O herói e sua aventura talvez constitua um dos tópicos mais explorados ao longo da história da narrativa, remontando à antiguidade clássica. A partir das diferentes figurações do herói podemos perceber aspectos específicos das sociedades que os produziram. Como entendiam o tempo histórico, como definiam os conceitos de justiça, valor ou como representavam conflitos. O mito do herói se pretende como narrativa exemplar, revelando a moral de determinada comunidade e conferindo origem, valor e propósito para os mais diversos elementos culturais. Nesse sentido, a partir do mito do herói é possível perceber as influências do campo político nos domínios da cultura. Mais ainda, os heróis instituem novas comunidades, fundam cidades e novas formas de habitar o espaço. Suas estórias alteram a maneira de entender a experiência do presente e as expectativas para o futuro, revelando as influências do campo da experiência estética na produção de formas lógicas. O objetivo desse artigo é comparar alguns dos principais aspectos do mito do herói em sua tipologia clássica com as figurações do herói em Vidas Novas, de Luandino Vieira. A partir das possíveis aproximações e afastamentos, o artigo pretende discutir como diferentes maneiras de compreender a existência no mundo emergem para a superfície da linguagem e para as formas narrativas. ---DOI: http://dx.doi.org/10.22409/gragoata.2017n43a916.

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