Abstract

Resumo O presente artigo aborda o romance O homem sem qualidades, de Robert Musil, como uma obra que adota pontualmente o princípio fundamental da literatura: a ampliação das possibilidades, a partir da representação de uma experiência real de vida. Ao focalizarmos alguns dos aspectos centrais da composição do romance - o ensaísmo, a representação da realidade como ficção, o enredamento entre a forma narrativa e a reflexão sobre suas possibilidades - procuramos mostrar de que modo Musil procurou tornar a forma romanesca receptiva para novos conteúdos. Seu propósito era de escrever um romance condizente com as condições históricas de seu tempo e que também acenasse com uma nova forma de vida, na qual as instâncias do intelecto e do sentimento, ou da ciência e da arte, fossem complementares e não antagônicas.

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