Abstract

Este ensaio constitui-se como uma modulação entre o olhar e a voz em "El aleph" (1997), conto de Jorge Luis Borges, dois registros a serem sustentados a partir da cisão estrutural da narrativa: quando a via do olhar fracassa, instaura-se um silêncio que nos convoca à sua escuta. Em um momento subsequente, "A máquina do mundo" (2001), de Carlos Drummond de Andrade, será trazida para invocar o registro da voz na narrativa borgeana: nesse poema, o sujeito poético não cede a uma torrente de imagens, mas implica-se no puro acontecimento textual. O trajeto teórico, então, parte da falência da imagem para posteriormente abrir-se àquilo que se funda como enunciação. Trata-se de uma delimitação dos efeitos inaugurados por dois regimes de leitura: não se pretende dar aos textos uma interpretação conclusiva, mas questionar os modos pelos quais eles ativam o lugar do olhar e da voz.

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