Abstract
Este artigo tem como objetivo traçar reflexões teórico-conceituais sobre a temática do racismo no Brasil. Partindo da obra de decolonialistas latino americanos assinalamos, inicialmente, que as matrizes históricas do racismo no país são desdobramentos da colonização europeia e do pensamento eurocêntrico na modernidade. Em seguida, discutimos a história do racismo no Brasil, enfocando-a em períodos após a abolição da escravidão marcados, especialmente, pela ideologia do embranquecimento, num primeiro momento, e pelo mito da democracia racial, a partir da era Vargas. Neste tópico, trouxemos dados acerca da grave situação de desigualdade social entre negros e brancos que persiste no país. Buscamos, assim, nos somar com vozes ético-críticas que reivindicam que a violência desta experiência cotidianamente vivida pela maior parcela da população não mais seja desqualificada e naturalizada, mas explicitamente revelada. Apenas desta maneira, medidas efetivas contra o racismo estrutural poderão ocorrer, afastando esse insidioso espectro que reincide constantemente nas sociabilidades brasileiras.
Highlights
Este artigo tem como objetivo traçar reflexões teórico-conceituais sobre a temática do racismo no Brasil
We discussed the history of racism in Brazil, focusing on periods after the slavery abolition marked, specially, by the ideology of whitening, in a first moment, and by the myth of racial democracy, starting from the Vargas Era
We brought data about the grave situation of social inequality between black and white people which persists in the country
Summary
Recibido: 12-07-2019 Primera revisión: 20-05-2020 Aceptado: 03-06-2020 Publicado: 19-01-2021. Este artigo tem como objetivo traçar reflexões teórico-conceituais sobre a temática do racismo no Brasil. Partindo da obra de decolonialistas latino americanos assinalamos, inicialmente, que as matrizes históricas do racismo no país são desdobramentos da colonização europeia e do pensamento eurocêntrico na modernidade. Discutimos a história do racismo no Brasil, enfocando-a em períodos após a abolição da escravidão marcados, especialmente, pela ideologia do embranquecimento, num primeiro momento, e pelo mito da democracia racial, a partir da era Vargas. Assim, nos somar com vozes ético-críticas que reivindicam que a violência desta experiência cotidianamente vivida pela maior parcela da população não mais seja desqualificada e naturalizada, mas explicitamente revelada. Medidas efetivas contra o racismo estrutural poderão ocorrer, afastando esse insidioso espectro que reincide constantemente nas sociabilidades brasileiras
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