Abstract

Este artigo tem como objetivo analisar as versões impressas do Rabinal-Achí, uma obra de origem indígena guatemalteca, catalogada pelo abade francês Charles Étienne Brasseur de Bourbourg entre 1855 e 1856. Para compreender as motivações do abade e a forma como o texto foi transposto para o papel, o artigo apresenta uma breve biografia contextualizada do autor, utilizando como fontes seus próprios trabalhos autorais e demais cartas de contemporâneos. Como contraponto, na segunda seção do artigo se analisam as adaptações do Rabinal-Achí oriundas do Manuscrito Pérez de 1917, um documento redigido em idioma maia-achí que tem sido identificado como uma produção genuinamente indígena e isenta de influências europeias. O objetivo é desconstruir a narrativa que retrata o Rabinal-Achí como uma manifestação impoluta e idílica da cultura indígena mesoamericana, apresentando as influências que tal tradição sofreu ao longo do tempo nas diversas manifestações culturais catalogadas. Por fim, o artigo apresenta as novas concepções e interpretações geradas a partir dessas influências nos variados suportes em que foram concebidas.

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