Abstract
A educação de surdos tem sido historicamente marcada por fracassos e, mais recentemente, a educação inclusiva tem se apresentado como adequada para a inserção de alunos surdos na escola. Para atender suas necessidades se criam alternativas como a presença da língua de sinais e de intérpretes. Foram realizadas entrevistas com dois alunos ouvintes e um aluno surdo integrantes de uma 5ª série do ensino fundamental, na qual foram inseridos um aluno surdo e sua intérprete. Os alunos referem à experiência vivenciada como positiva, prazer em terem um colega diferente e conhecer a língua de sinais. Porém, os ouvintes relatam dominar precariamente esta língua, gostariam que ela fosse mais fácil e referem saber pouco sobre a surdez. Tais fatos não são percebidos pelo aluno surdo, que vê como adequada sua relação com ouvintes. Há respeito pelas diferenças, mas as relações são superficiais, diversas das vivenciadas por alunos em geral. Conhecer o modo como os alunos significam esta experiência é fundamental para avaliar os efeitos dessa prática.
Highlights
RESUMO: a educação de surdos tem sido historicamente marcada por fracassos e, mais recentemente, a educação inclusiva tem se apresentado como adequada para a inserção de alunos surdos na escola
Já as dificuldades deste aluno, principalmente relacionadas à leitura e escrita parecem ser pouco evidentes para as alunas ouvintes e nos depoimentos delas só ganham destaques as suas conquistas
São pequenos detalhes que podem contribuir para um reconhecimento positivo ou negativo de suas características, e que precisam ser discutidas num contexto que se pretende inclusivo
Summary
RESUMO: a educação de surdos tem sido historicamente marcada por fracassos e, mais recentemente, a educação inclusiva tem se apresentado como adequada para a inserção de alunos surdos na escola. Tais fatos não são percebidos pelo aluno surdo, que vê como adequada sua relação com ouvintes. Em função do contexto apresentado acima, pretende-se focalizar uma experiência de inclusão em escola regular, com a presença de intérprete de língua de sinais avaliando aspectos dessa vivência do ponto de vista dos alunos ouvintes e surdo buscando conhecer melhor aspectos desta prática. Trechos das entrevistas foram recortados e trazidos para análise, a partir dos seguintes núcleos temáticos: Conhecimento sobre Língua de Sinais, Relação entre alunos ouvintes e intérprete, Relação entre alunos ouvintes e aluno surdo, Representação que os alunos ouvintes têm do aluno surdo, Informações sobre a surdez e Dificuldades de comunicação entre alunos ouvintes e aluno surdo
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