Abstract

Desde meados de 2009, milhares de senegaleses deslocam-se à cidade de Caxias do Sul-RS. Inicialmente, esses deslocamentos foram orientados pela busca de trabalho em empresas do setor de frigoríficos. Juntamente ao anseio por “melhorar de vida”, hábitos e expressões da cultura desses sujeitos, manifesta-se no cotidiano dessa cidade. Esse artigo tem como objetivo discutir como os objetos contidos nas malas de viagem e de trabalho dos senegaleses em seus processos de deslocamento e inserção em Caxias do Sul podem agenciar redes sociais de mobilidade e trabalho e servir como catalisadores de todo um sistema de trocas e obrigações envolvendo pessoas, lugares e objetos. Busco, a partir de uma abordagem etnográfica e sob a ótica da cultura material e das relações de poder, entender como tais objetos, em seus usos, trocas e circulações, ocupam posições liminares entre os domínios sociais e rituais, implicando na sua reintrodução e ressignificação em um contexto marcado por fluxos migratórios transnacionais da diáspora senegalesa.

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