Abstract
Neste artigo, problematizamos a noção de exame e discutimos a noção de avaliação para aprendizagem. Apresentamos alguns equívocos relacionados à avaliação e alguns princípios que direcionam nossas práticas avaliativas. Nos questionamos se tais princípios auxiliam outras/os docentes universitárias/os a pensar-projetar a avaliação para aprendizagem em seus próprios cotidianos no ensino superior. Nossos movimentos epistêmico-metodológicos fundamentam-se na “epistemologia das práticas docentes” e do “pesquisar-com a experiência” para compreender o que as/os docentes dizem-sentem-refletem sobre os princípios da avaliação online para aprendizagem. Para alcançar esse objetivo de pesquisa, ofertamos um curso remoto para professoras/es de uma universidade pública em que foram efetivados tais princípios visando a possibilitar que todas/os as/os cursistas tivessem uma experiência compartilhada a partir da qual teceriam narrativas sobre avaliação levando em consideração também as experiências avaliativas pregressas e as próprias práticas de avaliação. Da análise das narrativas docentes, que são os dados da presente pesquisa, emergiram três noções/achados: vivenciar um processo de avaliação formativa potencializa mudanças na prática avaliativa; avaliação colaborativa e a autoavaliação são potentes, mas requer superar desafios; e avaliar formativamente não depende apenas da/o docente, mas envolve também alguns fatores condicionantes.
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