Abstract

A COVID-19, doença pandêmica, não possui sua patogenia completamente esclarecida embora se trate de uma infecção polissistêmica que pode inclusive apresentar manifestações orais, devido à capacidade do vírus SARS-CoV-2 se ligar a enzima conversora de angiotensina 2 (ACE-2). A presente revisão integrativa da literatura tem como objetivo identificar as principais manifestações orais da infecção pelo vírus SARS- CoV2 e buscar estabelecer se há ou não relação entre o surgimento das manifestações bucais com o quadro sistêmico e prognóstico desse paciente. Para realização desse trabalho utilizou-se a base de dados Pubmed, com a seleção de 11 artigos, após aplicação de critério de inclusão e exclusão, baseados na estratégia PRISMA-ScR para análise qualitativa. Os resultados demonstram que as manifestações orais mais prevalentes associadas à COVID-19 são a candidose oral e as lesões ulceradas, mas também podem surgir lesões herpéticas, gengivite descamativa, periodontite necrosante, entre outras. Além disso, apresentam o comprometimento gustativo como o sintoma mais comum sendo a disgeusia o mais predominante. E embora alguns pesquisadores já relatem associação entre manifestações mais graves da doença e disseminação das lesões orais, mais estudos clínicos e randomizados são necessários para elucidar de maneira definitiva a relação entre as manifestações orais e o prognóstico da síndrome sistêmica da COVID-19.

Highlights

  • COVID-19 são as alterações no paladar, gengivite descamativa, ulcerações orais, petéquias, xerostomia e o indivíduo fica suscetível a coinfecções, como as fúngicas oportunistas, infecção por vírus herpes simples oral recorrente (HSV-1)

  • Foram utilizadas as palavras chaves de busca “oral manifestation” e “COVID-19” com o uso do operador booleano “and”

  • No Quadro 1 pode-se perceber a diversidade de sinais e sintomas encontrados na cavidade oral de pessoas com COVID-19, e as metodologias dos estudos incluídos para análise qualitativa ainda se concentram em séries de casos e cartas ao editor, dada a necessidade constante de informações sobre a doença

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Summary

Introdução

A pandemia do novo coronavírus (COVID-19) que trouxe um cenário global de isolamento e distanciamento social é causada pelo vírus de RNA SARS-CoV-2 que se tratado sétimo coronavírus com potencial para infectar humanos (Amorim dos Santos et al, 2021; Sinjari et al, 2020; Oliveira et al, 2020). A síndrome desencadeada pela infecção por esse vírus é caracterizada por fadiga, febre, tosse seca, mialgias, dor de garganta, dificuldades respiratórias e sintomas respiratórios que variam de leves até uma pneumonia fulminante e dificuldade respiratória potencialmente letal (Amorim dos Santos et al.,2021; Brandão et al, 2021). No. entanto, ainda é incerto se o padrão clínico de manisfetação é resultado de uma infecção direta por SARS-CoV-2 ou uma consequência sistêmica de outros agravantes relacionados à própria resposta inflamatória ocasionada pela COVID-19 ou por fatores diversos como a hospitalização ou a queda de imunidade. O objetivo desse estudo é identificar as principais manifestações existentes na mucosa oral de pacientes com COVID19 e suas relações com o prognóstico da infecção sistêmica

Metodologia
Resultados
Discussão
Conclusão
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