Abstract

The call that brought to this dossier the twelve works gathered here - from Brazil, Portugal, Australia and India, coming not only from language and literary studies and , but also from the areas of social communication, education, political science and anthropology, started from the realization that we are living a turning point in the human and social sciences: the failure of the belief in the exceptionality of the human species, which entails liberal humanism's faith in human rationality and self-determination as the ethical, aesthetic and political foundation of the homo sapiens' relationship with their other natural and artificial beings.

Highlights

  • A chamada que trouxe a este dossiê os doze trabalhos aqui reunidos – vindos do Brasil, de Portugal, da Austrália e da Índia e oriundos não só dos estudos literários e da linguagem, mas também das áreas de comunicação social, educação, ciência política e antropologia – partia da constatação de que vivemos um ponto de inflexão nas ciências humanas e sociais: a falência da crença na excepcionalidade da espécie humana, que acarreta a fé do humanismo liberal na racionalidade e autodeterminação humanas como fundamento ético, estético e político da relação do homo sapiens com os seus outros “naturais” e “artificiais”

  • Mas também interessa ao linguista aplicado interpretar, a seu modo, os sinais crescentes de esgotamento de todas as dicotomias sobre as quais fundamentamos, e pelas quais justificamos, a arrogância que nos tornou reféns de nossa própria insensatez, “cientificamente comprovada” pela nossa inscrição na historicidade do planeta, decretada como Antropoceno, e constantemente renovada pelo negacionismo de nossas faltas com uma natureza que nos cobra, materialmente, um compromisso ético que não somos capazes de estabelecer e talvez já não adiante intentar (LATOUR, 2015)

  • Se nos estudos literários «utopia» e «distopia» servem de horizontes provisórios para que se trabalhe por um pós-humano benigno, como cabe a quem, mesmo se desprendendo das ilusões do humanismo, não renuncia à sua responsabilidade ética, ao menos para com as criaturas vivas, humanas ou não, que as cercam, à Linguística Aplicada talvez sirvam melhor as ideias de «situado» e «circulado»: o circulado que devemos investigar como o percurso do sentido nas idas e vindas entre corpo-consciência-emoção e código-processo-informação; o situado como todo momento das práticas discursivas-materiais em que nosso olhar faça um corte agencial desnudando um pós-humano que se insinue desumano ou anti-humano

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Summary

Introduction

A chamada que trouxe a este dossiê os doze trabalhos aqui reunidos – vindos do Brasil, de Portugal, da Austrália e da Índia e oriundos não só dos estudos literários e da linguagem, mas também das áreas de comunicação social, educação, ciência política e antropologia – partia da constatação de que vivemos um ponto de inflexão nas ciências humanas e sociais: a falência da crença na excepcionalidade da espécie humana, que acarreta a fé do humanismo liberal na racionalidade e autodeterminação humanas como fundamento ético, estético e político da relação do homo sapiens com os seus outros “naturais” e “artificiais”.

Results
Conclusion

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