Abstract

O Programa “De Braços Abertos” foi lançado em janeiro de 2014 pela gestão do Prefeito Fernando Haddad (2013-2016), buscando inovar ao destacar a perspectiva de redução de danos para a população com vulnerabilidade social da região da Luz (centro de São Paulo), atuando com interdisciplinaridade e integração entre diversas secretarias municipais, na construção de um pacote de direitos (moradia, alimentação, trabalho e renda) que proporcionasse a seus beneficiários um projeto de autonomia. Diante da relevância, bem como da inovação dessa política no que tange a sua articulação entre diversas secretarias, o presente artigo faz uma análise do Programa “De Braços Abertos” à luz dos seus arranjos institucionais, construídos para sua elaboração e execução. A análise é feita destacando quatro elementos constituintes dos arranjos institucionais: intersetorialidade, relações federativas, participação de atores não estatais e aspectos territoriais.Palavras-chave: arranjos institucionais; intersetorialidade; interdisciplinaridade

Highlights

  • Com a Constituição Federal de 1988, surge uma complexidade no que se refere ao ambiente institucional do Brasil

  • Foram analisados os desafios de implementação dessa política pública, observando quatro dimensões comuns aos arranjos (Lotta & Favareto, 2016; Lotta & Vaz, 2015): intersetorialidade, relações federativas, participação de atores não estatais e aspectos territoriais, no que se refere à construção de seus arranjos institucionais

  • Foram incorporados achados de outras pesquisas em curso que analisaram o programa

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Summary

NOVOS ARRANJOS INSTITUCIONAIS DE POLÍTICAS PÚBLICAS

O ambiente de formulação e implementação de políticas públicas é caracterizado pela coexistência de múltiplos atores, regras institucionais e ambientes políticos. Lotta & Favareto (2016) afirmam que, para identificar a intersetorialidade, é necessário analisar o grau de articulação conjunta de diferentes atores em cada uma das fases de uma política pública (formulação, implementação e avaliação ou monitoramento). Da dimensão vertical ou federativa, se relaciona com a maneira como o arranjo institucional propõe a divisão de responsabilidades entre os municípios, estados e o governo federal, no que se refere também aos processos de formulação e execução das políticas públicas. Essa proposta foi inspirada em programas canadenses e suíços (Garofalo; Soares & Cordeiro, 2015) e suas diretrizes apontam para uma mudança nas intervenções do poder público municipal no que tange ao reconhecimento da situação de vulnerabilidade social dos frequentadores da região do bairro da Luz e do bairro dos Campos Elíseos (centro de São Paulo), propondo uma política pública de reabilitação psicossocial. A criação da inspetoria de redução de danos ajudou a aproximar os atores da GCM das demais secretarias (Canato, 2017)

Relações Federativas
Participação de Atores Não Estatais
Aspectos Territoriais
Quadro analítico das Dimensões dos Arranjos Institucionais

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