Abstract

O presente trabalho tem como objetivo problematizar como o ensino remoto atua no governamento na formação inicial de professores devido o fechamento das universidades frente à pandemia por Covid 19. Em vias teórico-metodológicas este trabalho transita nas fronteiras dos estudos pós-críticos e o caminho delineado iniciou com uma investigação exploratória sobre o pensamento de Foucault acerca da governamentalidade, suas características e modos de funcionamento. Seguido da escrita de si por meio de narrativas e finaliza com um procedimento analítico das recorrências e desvios da narrativa constituída na formação inicial de uma estudante e professoras em tempo de pandemia. Desta forma, a possibilidade de o ensino remoto ser escrito, ter sua vida diante da morte do ensino presencial é mais do que uma técnica de governamento e sim uma prática de composição de subjetividades. É no espaço da narrativa que buscamos enxergar a escrita como processo de subjetivação e de prática de si que autorize que esse sujeito encontre seu espaço de liberdade, resistindo aos poderes disciplinares e biopolíticos da sociedade moderna. Assim, entre as fissuras tramamos abrir brechas por outros modos de subjetivações que nos coloque a conviver com o mundo e o incontrolável em meio ao professorar.

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