Abstract

Nesse artigo, propomos uma reflexão à luz da Análise de Discurso Francesa (AD) sobre o que significa “ter domínio de classe ou da turma” e “ter domínio do conteúdo”. Para isso, partimos da análise de sequências discursivas (SD) que retratam a prática pedagógica escolar no ensino de língua portuguesa para buscar compreender de que modo as duas formas específicas de ilusão do sujeito-professor, a ilusão de domínio do sujeito e a ilusão de domínio da língua (o conteúdo), contribuem para a manutenção do sujeito no lugar de mero enunciador (Orlandi, 2012). Como resultado, observamos que tanto o professor quanto o aluno se colocam como mero enunciadores/repetidores do discurso pedagógico escolar tradicional cristalizado e preservado pelo discurso do tipo autoritário. Espera-se, com essa reflexão, fazer pensar as formas de escape dessa regulação do sujeito e da linguagem.

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