Abstract

O objetivo deste artigo é reconstituir os termos de uma breve controvérsia ocorrida no final da década de 1940 entre Alexandre Koyré e Lucien Febvre em torno da interpretação da formação da ciência moderna e do nascimento da tecnologia na Europa do século XVII. Por meio da análise dessa controvérsia, podemos não apenas compreender o modo como se constituíram na França duas maneiras singulares de conceber a história das ciências, mas também e, sobretudo, mostrar como elas eram mobilizadas por um problema comum. Desde o início do século XX, as formas de pensamento que não eram as “nossas” não podiam mais ser compreendidas a partir de uma concepção evolucionista da razão. Era preciso, doravante, fundar essa compreensão em outra perspectiva. Não se podia mais tomar as formas do pensamento outro como formas proscritas, degredadas ou inatuais do pensamento. A história das mentalidades e a história do pensamento científico, por vias distintas, buscaram responder a esse problema.

Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.