Abstract
Resumo Este artigo foi escrito para divulgar os principais caminhos e resultados de uma investigação acerca do potencial educativo da literatura de ficção científica. Partindo de sete categorias inspiradas na síntese de Pérez, Montoro, Alís, Cachapuz e Praia, da epistemologia de Fourez, e considerando os elementos do texto narrativo, como indicados por Gancho, buscamos compreender a forma como a ciência é representada em quatro romances clássicos do gênero. Dentre os resultados mais importantes destacamos diversas relações entre ciência, tecnologia e sociedade (CTS), que podem ser exploradas no contexto do ensino de ciências, para a formação do cidadão crítico e reflexivo com relação à própria ciência. Por essa razão, fortes conexões puderam ser traçadas entre esta pesquisa e a discussão que Santos e Mortimer fazem dos pressupostos teóricos da abordagem CTS.
Highlights
A pesquisa à qual nos referimos aqui foi desenvolvida nos anos de 2013 e 2014, e corresponde ao trabalho de mestrado do primeiro autor
Embora não fizessem menção direta à temática da ciência, foram importantes para a compreensão dos romances, por representarem os elementos centrais de cada narrativa
Se não as conhecemos todas, se a natureza continua guardando segredos para nós no domínio da ictiologia, nada mais plausível do que admitir a existência de peixes ou cetáceos, de espécies ou mesmo gêneros novos, com uma estrutura essencialmente ‘abissal’, que habitam as camadas inacessíveis à sonda e que um acontecimento qualquer, uma fantasia, um capricho, se preferirmos, impele, após longos intervalos, à superfície do oceano
Summary
Uma vez definido o foco de pesquisa, nos deparamos com o desafio de analisar textos literários. Optamos logo no início por realizar uma análise de conteúdo, seguindo as orientações de Moraes (1999), uma vez que tínhamos certa clareza do que estávamos buscando nos romances: compreender a representação de ciência. Isso nos sugeria que uma análise de conteúdo de natureza temática poderia ser útil, centrada em aspectos ligados à natureza da ciência. Uma possibilidade de definir categorias de análise previamente ganhou nossa atenção. A síntese de Pérez, Montoro, Alís, Cachapuz e Praia (2001), que descreve sete visões de ciência, inspirou a definição das nossas categorias iniciais. O referido artigo, ao discutir um conjunto de visões de ciência comuns nas falas de professores, nos inspirou a definir um grupo de aspectos da ciência que poderíamos buscar caracterizar nos romances. O Quadro 1 apresenta essas categorias e as perguntas investigativas que definimos para cada uma delas: Quadro 1 – Categorias prévias da pesquisa e perguntas investigativas
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