Abstract

Este ensaio desenha um panorama da recepção, na França, da obra do poeta Dante Alighieri por eruditos, tradutores, pintores e poetas, em sua atuação de mediadores culturais, em uma perspectiva sócio-histórica e discursiva. São apontados como exemplo dois modos diversos de apropriação da obra do poeta florentino: Dante visto como um perigoso templário socialista e uma polêmica, na imprensa, provocada pela biografia de Dante, de autoria de Charles-Claude Fauriel, publicada na Revue des Deux Mondes em 1º de outubro de 1834. Para além dos posicionamentos conflitantes em uma perspectiva da constituição da autonomia do campo literário, podemos ver o choque de grupos e veículos de publicação rivais, assim como ler um capítulo das narrativas de construção de identidades nacionais.

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